Brasília - patrimônio ameaçado


A capital federal está prestes a entrar para uma lista preocupante: a de patrimônios ameaçados. É uma história antiga. Há dez anos, uma equipe da Unesco esteve em Brasília para avaliar como estava o tombamento da capital.
 
Não gostou do que viu e fez uma série de exigências. Foram listados 40 itens que deveriam ser melhorados. Este ano Brasília recebe novamente a visita de missão internacional da Organização das Nações Unidas para a Educação Ciência e Cultura (Unesco), que irá avaliar novamente o patrimônio cultural da capital federal. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) sugeriu que a visita da missão internacional aconteça em fevereiro, mas a data ainda não foi confirmada.
 
Os técnicos da Unesco vão avaliar o estado de conservação da capital que está comemorando 25 anos de tombamento quando recebeu o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Não sei se temos muito a comemorar.
 
Especialista em urbanismo e meio ambiente, Monica Veríssimo disse que nesses 11 anos a situação só piorou. Ela aponta como principais problemas as invasões e os puxadinhos tão comuns no Plano Piloto.
 
O que será que eles vão achar quando virem que alguns pontos turísticos e símbolos da cidade estão em processo de reforma de manutenção há muito tempo: 
  • Na Praça dos Três Poderes, o Panteão da Pátria está fechado há mais de um ano para reformas;
  • No Museu Nacional, inaugurado em 2008 já está com a pintura desbotada e apresenta rachaduras e infiltrações;  
  • Na Catedral de Brasília, um dos principais cartões postais da cidade, a obra já dura mais de dois anos;
  •  O Catetinho, prédio de madeira que foi a primeira residência oficial de JK em Brasília, continua fechado para reformas.
  •  A Torre da TV é outro ponto turístico da capital que precisa de reparos. No último domingo (1º do ano), um dos elevadores travou e dezenas de turistas tiveram que ser socorridos pelos bombeiros para deixar o local.
Sem falar daqueles que já passaram por "reforma" como é o caso do Teatro Nacional e a Ponte JK. De longe está tudo muito bonito mas quando se chega perto se percebe como tudo foi feito.

Reforça o que sempre falamos a respeito de manutenção: deve ser feita com frequencia, de maneira regular e de forma preventiva. O que acontece no Brasil é que se gasta muito dinheiro público para fazer as obras e depois se abandona.  Os anos passam, os problemas vão crescendo e quando tudo está chegando à beira do exagero, resolve-se gastar mais um monte de dinheiro para que possamos ter aquele bem novamente em condições de uso. 

Essa é a cultura do país. Parece que o dinheiro é fácil, entra em todos os bolsos e não chega ao seu destino. Há que ter uma mudança de visão do gestor brasileiro. Isso também é sustentabilidade.

 Fonte: G1





Comentários

  1. OI Ione,
    Construir é mais fácil do que manter né amiga?
    Isso é um problema mesmo e dificil de ser superado. cada governo que entra tem suas "prioridades " e a coisa vai sendo barrigada.
    Um bj grande !

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  2. Ione, verdade incontestável, temos que encontrar uma maneira de preservar nossa cultura de maneira mais consciente e eficaz...aqui em Porto Alegre, houve um tempo que destruíram quase todas as construções históricas, agora tentam recuperar o que restou, os prédios ficam em obras por anos sem conclusão.
    Bjos e boa semana.
    Sílvia

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  3. Oi Ione!! O que vc disse aqui é a dura realidade... sem devida manutenção tudo se deteriora rapidamente e os gastos para consertar são muito maiores que os gastos para simplesmente manter de forma adequada. Outro agravante nisso tudo é que mesmo quando existe a iniciativa de manter, é tanta burocracia (resultante de um passado de experiências ruins e desvio de dinheiro público) que muitas vezes não conseguimos avançar... maldito jeitinho brasileiro que só prejudica àqueles que realmente querem trabalhar!!!
    Grande abraço Ione!!
    www.arquitrecos.com

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