Aeromóvel


Ponto para os gaúchos na corrida pela melhoria do transporte público no país.

O AEROMÓVEL está se tornando realidade em Porto Alegre, já com 97% das obras concluídas para entrar em operação até o final deste mês de julho.

A implantação servirá como balão de ensaio para testar o potencial desse modal com tecnologia 100% brasileira e será a primeira linha comercial de aeromóvel no mundo. A empresa responsável pelo transporte ferroviário de Porto Alegre já pensa em implantar o sistema em mais três trajetos.

O que será inaugurado agora tem extensão de 1 km com duas estações. O trajeto deverá ser percorrido em um minuto e meio, com velocidade de até 60 km/h para uma demanda de 7,7 mil passageiros por dia. Fará a interligação da Estação Aeroporto (que integra o metrô gaúcho) ao Terminal 1 de passageiros do Aeroporto Internacional Salgado Filho. Como é um modal de capacidade intermediária, similar ao VLT ou ao monotrilho, o aeromóvel serve para alimentar sistemas troncais.

O custo de implantação, operação e manutenção foi um dos critérios da escolha do sistema. De acordo com Diego Abs, diretor de engenharia da Aeromóvel Brasil, o valor de implantação do aeromóvel é até quatro vezes menor do que outros modais. Incluindo obras civis, veículos, estações com portas de plataforma e ar-condicionado, propulsão e controle automático, o custo médio do modal é de R$ 35 milhões por quilômetro de via simples. O custo médio do quilômetro do seu concorrente direto, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), varia de R$ 80 milhões a R$ 100 milhões. Já com o metrô não é possível fazer comparações por ser um modal diferente, de altíssima capacidade de transporte.

Basicamente, esse sistema consiste em um veículo leve sobre trilhos, suspenso em via elevada de 4,5 m de largura a 9 m de altura movimentado por propulsão pneumática. O ar é soprado por ventiladores industriais de alta eficiência energética por meio de um duto localizado dentro da via elevada. O sistema pode também ser acionado com gás natural e apresenta baixo consumo de energia elétrica. 


Por conta da leveza do modal as vias elevadas que o sustentam possuem dimensões reduzidas, uma estrutura leve e esbelta composta por vigas e pilares pré-moldados de concreto, minimizando assim o impacto visual.

Outro fator muito positivo dessa tecnologia é que permite vencer rampas acentuadas de até 12% e raios fechados de até 25 m. Essas questões são muito definitivas no traçado da via possibilitando mais flexibilidade, com menos desapropriações ou realocações imobiliárias. No caso do VLT por exemplo, um grande problema diz respeito à dificuldade de implantação no traçado já tão conturbado das cidades, dificultado pela incapacidade de vencer rampas com inclinações maiores que 8%. Por isso muitas vezes a opção por sistemas como o do BRT ou VLP que utiliza tecnologia sobre pneus com melhores possibilidades de se adaptar às condições existentes.

Em termos de ruído também o aeromóvel tem vantagens porque fica abaixo dos níveis estabelecidos para os sistemas de transporte urbano em países desenvolvidos.

Essa solução parece que vem então facilitar a implantação de novos sistemas cuja tecnologia, totalmente nacional vem atender com maior desenvoltura as demandas por transporte público das grandes cidades. A quem se interessar mais pelo assunto, vale a pena acessar o link da PINI para ver a matéria completa.
O traçado




Fonte: PINI, G1

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