Conservar é bom

Sempre que posso comento sobre a importância da conservação dos monumentos, das edificações e da cultura do nosso país. Dizem que o Brasil é um país sem memórias, mas parece que as coisas já estão começando a mudar.

Semana passada tive que ir ao Rio de Janeiro a trabalho. Havia cerca de um ano que não aparecia por la. Já estava com saudades. Entre a correria de idas e vindas algo que me chamou a atenção é ver como o nosso patrimônio histórico tem sido mais preservado nos edifícios cariocas. Antigamente era muito fácil de ver demolições das velhas edificações para construir coisas novas. Hoje já se percebe um movimento diferente no que diz respeito a essa concepção.

Se percebe muito mais prédios sendo restaurados, revitalizados. Principalmente nos bairros mais antigos, ainda persistem casas e prédios antigos em boas condições entre os modernos edifícios.

Um dos belos exemplos no bairro do flamengo é o do Castelinho do Flamengo. Aquela edificação sempre me encantou. De frente para o aterro, foi projeto do arquiteto italiano Gino Copede. O imóvel construído em 1918 se destacava na paisagem, hoje resiste entre os altos edifícios. Era a residência do rico empreendedor e construtor português, Joaquim Silva Cardoso. Em 1992 transformou-se num Centro Cultural, mas foi a partir de 2009 que vem se tornando um centro de referencia para a fotografia , com cursos, palestras, auditório, etc. (Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro)

Outro bairro cheio de charme e elegância é a Urca. As casas de lindas fachadas rebuscadas se repetem ostentando os vários estilos. Muitos acreditam que o Rio de Janeiro começou ali, na várzea, entre o morro Cara de Cão e o Pão de açúcar. (Não me perguntem o porquê do nome, nunca achei a tal cara de cão).

Os moradores do bairro se uniram em torno do interesse de preservar a cultura e as características do bairro. Até mesmo a restauração do antigo imóvel do Hotel, depois Cassino da Urca e posteriormente Rede Tupi para a instalação do ISTITUTO EUROPEO DI DESIGN-IED vem criando controvérsias. Os moradores acham que a destinação do edifício para atividade educativa vai gerar impactos não só na circulação viária da pequena península, como também na paisagem e na arquitetura .
Castelinho do Flamengo hoje resiste entre os edifícios
Escadaria interna do Castelinho do Flamengo

Castelinho do Flamengo no passado se destacava na paisagem



Casas da Urca: tomadas aleatoriamente
Uma foto antiga do Hotel/Balneário e Cassino da Urca e no detalhe como está hoje.
Fonte: Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro

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