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Poluição vira energia

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Nesses nossos dias, quando a poluição atmosférica tem aumentado nos centros urbanos devido a crescente emissão de gases tóxicos pelos veículos e pelas indústrias, que tal aproveitar essa poluição do ar em favor do ambiente?  O designer húngaro Peter Horvath propôs uma solução criativa para a poluição atmosférica: a Biolamp, um projeto de iluminação de rua que converte poluentes em energia. Trata-se de um poste que utiliza a fumaça dos carros e das indústrias como fonte de energia para as lâmpadas de rua. Contendo no seu interior um líquido com algas marinhas e água, a Biolamp transforma o dióxido de carbono eliminado pelos carros em oxigênio. O poste sustentável conta com uma bomba para sugar a fumaça, que entra pelo topo e circula, junto com o líquido, por um sistema em espiral. Durante o dia, a Biolamp usa a luz do sol, CO2 e água para transformar a alga em biomassa, que carrega as lâmpadas de combustível para o período noturno. Quando o líquido das algas fica saturad...

Zaha Hadid - arquitetura inovadora

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Figura de destaque hoje neste blog é a arquiteta iraquiana Zaha Hadid , formada em matemática em Baghdad e em arquitetura em Londres, é a única mulher a fazer parte da galeria de notáveis que receberam o Prêmio Pritzker de Arquitetura. Esse prêmio presta homenagem em vida a arquitetos cujo trabalho demonstre uma combinação de talentos ao produzir contribuições significativas para a humanidade e para o ambiente construído através da arte da arquitetura. Sempre gosto de destacar inovações na arte de projeto. No caso dela, os projetos quebram convenções e conceitos quando propõem formas orgânicas, volumes que se entrelaçam de maneira impressionante. As curvas muitas vezes se misturam com o traço reto de maneira a surpreender o observador com o resultado cheio de leveza. Ela é um ícone não só na arquitetura, mas também no design, ganhadora de vários prêmios internacionais. Na ocasião do prêmio Pritzker Prize (2004) o jurado Jorge Silvetti declarou: "O que ela conseguiu com sua manipu...

Pontes Vivas

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Falando em pontes, que tal uma ponte viva? Esse é um belo exemplo de arquitetura sustentável. Meghalaya, na Índia, é um lugar frequentemente assolado por chuvas torrenciais, que chegam aos 15 metros por ano. Dizem que é o lugar mais úmido da face da terra e é conhecido pelos seus muitos rios e córregos de fluxo rápido, que com as fortes chuvas, são capazes de destruir uma ponte do tipo convencional. Por isso os habitantes decidiram que, em vez de construir pontes, iriam cultivá-las. O processo é feito com as raízes da Ficus Elastica, uma espécie de figueira, que os habitantes fazem crescer entre as margens dos rios. Com o passar dos anos, eles vão trançando e amarrando as raízes, moldando aos poucos a futura ponte. O processo de criação dessas verdadeiras obras de arte naturais é passado de geração em geração, como você pode ver no vídeo abaixo. Uma ponte pode demorar entre 10 a 15 anos a ficar totalmente funcional. Depois disso, algumas ainda duram mais de 500 anos. Como elas estão vi...

As pontes de Calatrava

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Fazendo uma analogia com as pontes de Madison (do condado de Iowa) que foram mostradas naquele filme com Clint Eastwood e Meryl Streep. Naquele filme as pontes cobertas que foram construídas nos séculos passados, se tornaram muito populares nas áreas rurais dos EUA. Elas eram geralmente feitas em madeira, com mao única, paredes e teto com a finalidade de proteger do frio. Atualmente os projetos de pontes parecem estar restrito apenas a 3 ou 4 tipologias dominantes em todo o mundo. Parece que não se gasta mais tempo para pensar um projeto de ponte – é simplesmente um tabuleiro, pilares, concreto, cálculo para vencer o vão e pronto. Mas não é assim para Santiago Calatrava. Quando se fala em arquitetura biomimética não podemos deixar de relacioná-lo – “Ave Mestre”. Nunca tive oportunidade de conhece-lo pessoalmente, mas a meu ver, é o mais expressivo arquiteto da atualidade. Admiro seus projetos desde a época de faculdade quando estudávamos seus trabalhos que pareciam mais uns bi...

Biomimética

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A palavra que vem do grego bios (vida) e mimesis (imitação) resume o simples conceito da Biomimética: a nova disciplina que estuda as formas da natureza como inspiração para solucionar os problemas humanos. A inovação inspirada na natureza. A ideia principal é que a natureza já resolveu vários problemas: animais e plantas são os engenheiros que passam a ser modelo, medida e mentor das inovações. Na prática, a busca do homem pela resolução de algum problema através de soluções já presentes na natureza. Apesar de parecer simples assim, a aplicação desta inovação é um pouco mais complexa. Fazer as coisas da maneira que a natureza faz pode influenciar diretamente nos hábitos da humanidade: como plantar, produzir materiais, gerar energia e até mesmo conduzir os negócios. Uma verdadeira revolução na interação Homem x Meio ambiente. De acordo com Janine Benyus, autora do livro Biomimicry: Innovation Inspired by Nature “Essa respeitosa imitação é uma abordagem totalmente nova. Diferentemente ...

Guia CBIC de Boas Práticas na Construção

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A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) lançou o Guia CBIC de Boas Práticas em Sustentabilidade na Indústria da Construção que vale a pena conferir. Resultado de uma pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral, a publicação reúne 29 experiências bem-sucedidas nas áreas de gestão empresarial, relacionamento com stakeholders, melhorias no processo construtivo, saúde e segurança do trabalhador, mão de obra na construção e desenvolvimento imobiliário urbano. O material muito bem elaborado traz soluções práticas que podem muito bem ser aplicadas também no campo da construção pública apesar do enfoque realmente empresarial. Na seção que trata das melhorias no processo construtivo chamaram a minha atenção projetos que desenvolvem alguns itens dos quais temos constantemente falado aqui. Itens que muitas vezes podem parecer que não tem nada a ver com sustentabilidade mas que os resultados comprovam o contrário, tais como, entre outras: 1. a contratação de mão de obr...

Estacionamento na Esplanada de Brasília?

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Em época de discussão a respeito da obra subterrânea que está sendo pensada para o canteiro central da Esplanada dos Ministérios em Brasília, me vem muito claro à mente o PATH ou Underground de Toronto. Toronto é a capital financeira do Canadá. Situa-se as margens do Lago Ontário e por isso mesmo possui um clima frio na maior parte do ano, principalmente nos meses de inverno, quando os termômetros ficam sempre abaixo de zero, com mínimas variando entre -30°C e 0°C. O vento interfere ainda mais para uma sensação térmica de mais frio, pelo próprio desenho ortogonal das ruas do centro que se tornam corredores de ventos. No verão há muita umidade, chuvas e as variações de temperatura são menores, com máximas variando geralmente entre 20°C e 30°C. Para fugir desse clima rigoroso, ou muita chuva ou muito frio, desde os anos 60 Toronto possui o PATH. São 28 quilômetros de vias subterrâneas que se desenvolvem sob todo o centro da cidade, ligando os subsolos dos principais hotéis, préd...