Desempenho dos Edifícios


A nova Norma Técnica de Desempenho para edificações habitacionais de até cinco pavimentos (ABNT NBR 15.575) publicada no dia 12 de maio de 2008, trouxe pela primeira vez o conceito de desempenho dos edifícios. Entrou em vigor 2 anos depois em 2010 e passará a ser exigida em todas as obras a partir de março de 2012 .

A norma foi feita com base nas diretrizes da ISO 6241, uma norma internacional feita pela ISO (International Standardization Organization), que padronizou a tradução técnica das necessidades humanas em requisitos de desempenho objetivos, entre eles o estrutural, térmico, acústico e lumínico.

Ainda há muita polêmica no setor da construção civil principalmente com relação aos itens de desempenho acústico, há dúvidas sobre isolamento de janelas (uso de vidros duplos de 9mm), portas externas, lajes e pisos. Além disso há uma preocupação do mercado quanto à dificuldade de atender aos requisitos de desempenho e o aumento de custo decorrente de sua aplicação.

Atender as necessidades humanas é mesmo uma tarefa complexa, até porque elas variam em determinados contextos e têm se mostrado crescentes e variáveis ao longo do tempo.

A Norma de Desempenho estabeleceu requisitos obrigatórios para alguns sistemas das edificações, como as paredes e coberturas. Dentro da lógica do desempenho, não importa se a estrutura de um edifício é feita de concreto, aço, ou qualquer outro material, mas sim se atende aos níveis de desempenho definidos em projeto e sempre ao longo de uma vida útil

Pesquisas de satisfação pós-ocupação feitas por diversas incorporadoras e construtoras na cidade de São Paulo mostram claramente que uma das maiores reclamações feitas por usuários de imóveis é a questão do isolamento acústico. A poluição sonora nas cidades aumentou nos últimos 20 anos com o crescente incremento da população.
O desempenho acústico de um imóvel depende na sua maioria das soluções de engenharia e arquitetura adotadas no projeto e na construção.

Com o desenvolvimento tecnológico da indústria da construção, os materiais aumentaram a sua resistência e as estruturas se tornaram mais esbeltas (lajes com espessuras menores, por exemplo), o que não gerou nenhum problema de estabilidade para os edifícios, mas aumentou o ruído em alguns casos. O desafio agora é buscar um ponto de equilíbrio entre as duas variáveis.

Artigo de Carlos Alberto de Moraes Borges
Vice-presidente de Tecnologia e Qualidade do Secovi-SP

Fonte: veja o artigo completo em arquitetura.com

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