Energia Eólica no Brasil


A energia dos ventos é uma abundante fonte de energia renovável, inesgotável, limpa e disponível em todos os lugares. Por isso a geração eólio-elétrica no mundo expandiu-se de forma acelerada ao longo da última década, atingindo a escala de gigawatts.

No Brasil, tradicionalmente, o maior aproveitamento dos recursos eólicos tem sido para cataventos multipás de bombeamento d'água. Agora as coisas começam a caminhar diferentes na direção da geração de energia. Medidas precisas de vento realizadas recentemente em diversos pontos do território nacional, indicam a existência de um imenso potencial eólico ainda não explorado. O atlas do potencial eólico brasileiro do Centro de Referência para energia solar e eólica-CRESESB estima um potencial disponível no Brasil da ordem de 143 GW.

As principais regiões para aproveitamento do potencial eólico no país são os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A maior velocidade se encontra nos litorais do nordeste e do sul. Um mapa de ventos preliminar do Brasil gerado a partir de simulações computacionais com modelos atmosféricos é mostrado na figura abaixo.

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a energia eólica é responsável atualmente por apenas 0,9% da potência elétrica instalada do país, que é de 110 mil MW. A previsão é que nos próximos 3 anos a geração de energia eólica no Brasil crescerá 600%, desde os atuais 1 mil MW até 7 mil MW em 2014, impulsionado entre outros fatores, pela instalação no País das maiores empresas estrangeiras do setor.

Dados, divulgados pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês), mostram que o Brasil cresceu mais do que o dobro da média mundial: 31%.

Os Parques Eólicos de Osório, no Rio Grande do Sul inaugurado em 2006 formam o maior complexo gerador de energia a partir do vento da América Latina. Atualmente tem uma potencia instalada de 150 megawatts distribuídos em 3 parques: Osório, Sangradouro e Indios. A companhia espanhola Elecnor, através de sua filial Enerfin, instalará mais 28 megawatts dessa energia renovável em Osório por um valor de R$ 104 milhões, com a construção e exploração de um novo parque, chamado Dois Índios 2. O projeto está previsto que se conecte à rede em 2014.

Ao mesmo tempo a francesa Alstom anunciou em junho deste ano que obteve um contrato com a brasileira Brasventos de 200 milhões de euros (US$ 288 milhões ou R$ 457 milhões) para construir e fazer a manutenção de três parques eólicos que serão instalados no Rio Grande do Norte, com uma produção prevista de 580.000 MWh anuais. Segundo a empresa essa quantidade é suficiente para assegurar o fornecimento de energia elétrica a mais de 100 mil casas, e reduzir ao mesmo tempo as emissões de CO2 em 300 mil toneladas por ano.

A Bahia vem também nessa corrida conquistando mais 18 parques eólicos no leilão de energia eólica do Governo Federal ocorrido neste mês de agosto: “Com os resultados de hoje, a Bahia consolida sua vocação para a energia renovável, chegando a 52 projetos eólicos em instalação ou previstos no estado. Quando estiverem funcionando, vão acrescentar cerca de 1.414,4 mil MW à rede elétrica. Além da garantia do suprimento de energia através de uma fonte limpa, a Bahia ganha investimentos importantes no interior, onde justamente o Governo quer investir mais em industrialização e gerar novos empregos”, diz o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia.

Fonte: Correio Braziliense, Aneel, CRESESB, Ventos do Sul Energia

Comentários

  1. Ione, passo muitas vezes em frente ao Parque Eólico de Osório/RS, além de todos os benefícios citados te confesso que os acho lindos.Bjos
    Sílvia

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    1. É lindo mesmo Silvia. Espero que essa paisagem se multiplique pelo Brasil

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