Estadios podem se tornar usinas de energia
Simulação do Maracanâ -RJ com módulos fotovoltáicos entre as vigas (UFSC) |
Concordo com André Trigueiro quando diz que seria uma estupidez desperdiçar a imensa área das marquises dos novos estádios que poderiam abrigar um vistoso conjunto de placas fotovoltaicas capazes de gerar energia elétrica. Além de criar arenas autossustentáveis, a energia gerada poderia suprir o próprio estádio e ainda ser revendida ao sistema elétrico em boa parte dos casos.
Estranho isso ser sido deixado de lado num país que vai sediar a Rio+20, onde o sol brilha em média 280 dias por ano, e que está situado na mesma faixa de exposição solar que Sidney, na Austrália, que se notabilizou por realizar os primeiros Jogos Verdes da História, inteiramente abastecidos de energia solar.
A análise da universidade contemplou os 10 maiores estádios levando em conta a área útil das coberturas que poderiam ser utilizadas para esse fim. Evidentemente a carga extra para a proposta teria que ser analisada para ser devidamente adequada a cada tipo de estrutura dos estádios. Apesar da etiqueta de sustentáveis ter sido colocada em vários estadios, parece, no entanto que nenhum dos fabulosos projetos contemplou essa possibilidade.
No caso do Maracanã, por exemplo, o estádio que irá receber a final da Copa 2014 a instalação de placas fotovoltaicas poderia ser feita numa superfície de 23 mil metros quadrados na cobertura do estádio. Empregando a tecnologia mais avançada, a de placas de silício policristalino, o Maracanã seria capaz de gerar 72% da energia que consome. Ao custo de 43 milhões de reais, o maior estádio do Brasil produziria 4.806 MWh por ano, enquanto seu consumo foi de 6.651 MWh, em 2007, e tende a crescer com a realização da Copa.
No caso do Estadio Nacional de Brasilia, com uma área útil de cobertura aproximada de 17.400m² a opção por instalar a maior potência possível na área total de cobertura poderia gerar quase 3 MWp.
O custo pode variar de acordo com o tipo de tecnologia empregada. De modo geral fica entre 2 a 10 milhões de euros dependendo do caso. Parece muito, mas isso representa um acréscimo de cerca de R$ 400 em média no valor do metro quadrado de cobertura. Não é muito se pensarmos nos benefícios resultantes pela economia da energia elétrica gerada além de ser um grande exemplo perante os olhos do mundo da forma como o país trata com a sustentabilidade do evento.
A tabela abaixo tras o resumo dos dados com o custo em cada um dos Estádios.
Fonte: Relatório UFSC, Portal 2014
Área útil Cobertura (m2) | Potencia (MWp) | Milhões de Euros | |
Mineirão - MG | 9.000 | 0,64 a 1,38 | 2,29 a 4,10 |
Maracanã - RJ | 23.162 | 1,46 a 3,28 | 5,20 a 9,72 |
Estádio Nacional de Brasilia - DF | 17.400 | 1,1 a 2,8 | 3,92 a 7,35 |
Verdão - MT | 13.500 | 0,85 a 1,91 | 3,3 a 4,66 |
Arena da Baixada - PR | 12.000 | 0,76 a 1,71 | 2,71 a 5,07 |
Castelão - CE | 12.203 | 0,77 a1,73 | 2,74 a 5,12 |
Arena Amazônica - AM | 23.400 | 1,47 a 3,32 | 5,24 a 9,83 |
Beira Rio - RS | 25.933 | 1,63 a 3,68 | 5,81 a 10,90 |
Fonte Nova - BA | 22.629 | 1,42 a 3,21 | 5,06 a 9,51 |
Morumbi - SP | 17.400 | 1,10 a 2,47 | 3,92 a 7,32 |
Simulação do Mineirão - MG |
Oi Ione!!! Só assim é possível que estes "elefantes brancos" criados pela Copa tenham alguma real utilidade após 2014. tomara que não ignorem esta possibilidade!!! Beijo!!!
ResponderExcluirwww.arquitrecos.com
Oi Ione! Eu acho errada essa troca de nomes... No Rio, vira e mexe, trocam nomes de ruas já "consagradas". Todo mundo continua chamando o aeroporto "Antonio Carlos Jobim" de Galeão, e por aí vai! Obrigado pela sua presença lá meu disegno! Você me perguntou sobre aquela árvore do Canadá e eu não sei te confirmar. Mas que ela é linda, é. A folha é muito bonita... No outono, ainda mais! Abraço!!
ResponderExcluirwww.disegnoamilanesa.blogspot.com