Granito, Porcelanato ou pedra artificial? - Parte 3
A massa de porcelana, com moagem muito fina de argila e feldspato é submetida a uma queima de alta temperatura (1 200 a 1 250 ºC), por isso adquire alta resistência, durabilidade e porosidade quase nula, o que o torna bastante impermeável.
A absorção de água do porcelanato é baixíssima, sendo < 0,1% para os porcelanatos técnicos e < 0,5% para os porcelanatos esmaltados. Quanto mais baixo esse índice, menor a porosidade e maior a compactação da placa.
A variedade de cores do porcelanato também é enorme podendo ser polido (brilhante) ou não. De um modo geral, placas cerâmicas que apresentam superfície brilhante são mais suscetíveis ao risco, mesmo que possuam PEI 4 ou 5, portanto exigem maiores cuidados, durante as etapas de assentamento e construção, bem como no uso e manutenção. A resistência do porcelanato brilhante também é menor, fica entre 3 a 5 Mohs. O porcelanato sem polir tem maior dureza sendo mais apropriado para entradas e locais de maior trafego. Procure a especificação na caixa do produto ou junto ao fabricante.
Como a areia (quartzo) possui dureza MOHS igual a 7 e pode riscar a maior parte das placas cerâmicas deve-se proteger o piso após a aplicação, principalmente na fase de obra.
Das três opções, o porcelanato acaba sendo a mais barata. Enquanto o preço médio (aqui em Brasilia) está por volta dos R$70,00m², encontra-se até pelo preço de R$20,00/m². É certo que há de se pesquisar a qualidade do material ofertado. Muitas vezes trata-se realmente de uma boa promoção, das que encontramos todos os dias, mas as vezes são peças de má qualidade. Além disso, a possibilidade de se assentar as peças sobre outro tipo de piso, reduz custos com demolição e com transporte de entulho.
Os cuidados com esse material começam então na hora da escolha. Com o aumento da fabricação nacional, a introdução de diversas marcas no mercado, inclusive produtos importados de qualidade questionável, além daqueles ainda classificados erroneamente como porcelanato, muita atenção. O melhor é procurar ler as especificações na caixa do produto. Especialmente para aqueles produtos que não são retificados. O produto retificado passa entre rebolos diamantados que garantem dimensões finais mais precisas, permitindo o total alinhamento durante o assentamento. Pode ser aplicado com junta seca (salvo os casos especificados pelo fabricante) o que confere a aparência de uma peça única. Prefira as peças que sigam a NBR 15.463, criada em 2007. Na teoria, os importados também devem atender às nossas regras, mas nem sempre isso acontece.
Os cuidados continuam na hora de assentar. Para o corte das peças melhor utilizar riscadeira em vez de maquita que deixa o corte mais perfeito. Já para os furos de ralos, caixinhas, registros e cortes em “L”, devem ser feitos com máquinas elétricas tipo (serra mármore), refrigerado com água e disco apropriado. A argamassa utilizada deve ser apropriada indicada pelo fabricante e o rejunte epóxi.
Depois de colocado, a limpeza é feita apenas com água e sabão ou detergente neutro no dia-a-dia. Evite produtos químicos e abrasivos, pois podem prejudicar o esmalte.
O cuidado permanece procurando sempre utilizar capachos nas entradas das portas externas; proteger os pés dos móveis com carpete ou feltro para não arranhar a superfície ao ser arrastados e evitar a queda de objetos pesados e pontiagudos.
Na ultima ExpoRevestir, o destaque ficou com a impressão digital nas cerâmicas e porcelanatos que produzem efeitos imitando outros materiais como piso de madeira, mármore, cimento queimado...
Fonte: Casa Abril.
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