Horta em casa

Parece que não tem nada a ver com arquitetura, mas volta e meia a gente se depara com algum projeto onde o cliente é aficionado por cozinha.

E uma das coisas solicitadas é um local para fazer uma horta em casa. Quer coisa mais desagradável do que precisar de um tempero fresco e não o ter à mão. Os temperos secos e desidratados, infelizmente, não têm o mesmo perfume que os frescos.

Mesmo sem ser tão aficionada por cozinha, as vezes as pessoas querem fazer uma comidinha diferente para a familia no fim de semana. Nada melhor do que utilizar ervas frescas para o tempero. É o meu caso. Consegui fazer uma pequena horta no apartamento onde tenho até uma muda de pitanga no vaso. Espero que ela fique repleta de frutinhas vermelhas brevemente.

Se a pessoa tiver uma casa que dispõe de muito espaço, excelente. Basta fazer a horta da maneira tradicional. Mas pode-se fazer uma horta até mesmo num pequeno apartamento, uma varanda, uma janela ou uma parede sem uso, qualquer cantinho que bata sol, ao menos pela manhã serve para essa finalidade.

No caso de apartamentos, basta apenas uma ou várias jardineira, terra, terra vegetal e adubo. Um regador, algumas pazinhas para afofar a terra, 2 minutos diários e terá a seu dispor, a qualquer hora do dia e da noite, seus temperos favoritos.

Nas jardineiras fixas na parede ou apoiada no chão, é preciso colocar uma camada de pedriscos para fazer a drenagem da água. Depois, uma boa mistura de terra, complementada com terra vegetal e adubo de preferência esterco de galinha ou de gado para que os produtos sejam orgânicos. Isso é suficiente para ter boas mudas de ervas aromáticas. Normalmente nem é preciso adicional algum adubo mineral, mas se quiser, já existem adubos minerais orgânicos enriquecidos com N-P-K, Silicato de Cálcio e Magnésio.

As mudas podem ser escolhidas de acordo com a preferência, isto é, os temperos mais usados pela dona da casa. Essas ervas não precisam de muito espaço entre elas e algumas, mais delicadas, apreciam a sombra proporcionada pelas maiores. As vezes encontramos mudas prontas pra comprar, outras vezes temos que plantar a partir de sementes. Aqueles pacotinhos que se acham facilmente nas lojas. Algumas sugestões muito boas são:

Manjericão: Tem duas espécies: o verde e o roxo que acho mais bonito e perfumado. Como os italianos que usam em abundancia é ideal para carnes e molhos, como o famoso molho Pesto. Pode ser utilizado sem economia porque quanto mais você corta, mais ramos brotam.

Alecrim: Essa é uma muda resistente. Como tende a ser menos usado, tem que ser podado, de vez em quando para brotar com mais força. É ótimo para carnes e molhos.

Hortelã: essa se esparrama na jardineira. Gosta de espaço. As raízes caminham sob a terra e vão brotar lá longe. A hortelã é mais sensível ao calor e ao excesso de chuva. Gosta de mais sombra. O sabor é indispensável para molhos de saladas, temperar carnes, sucos e até chas.

Orégano: É outra das que gostam de ficar mais na sombra das outras. Não serve apenas para pizza. Nas carnes em geral e no frango assado, é essencial.

Tominho: é um pezinho miúdo, mas que quanto mais se usa, mais ele nasce. Suas folhas pequenas têm um aroma maravilhoso, excelente nas carnes.

Pimenteiras: florescem com freqüência e os frutos coloridos, além de dar cheiro e cor ao tempero, embelezam a horta. Pode-se escolher uns três tipos de pimenta com cores e formatos diferentes.

Se o gosto for por chás, a erva cidreira é uma boa opção. O capim precisa de mais espaço mas a erva de folhas pequenas e arredondadas dá pra plantar em vasos.

Se tiver um pouco mais de espaço e paciencia (requerem mais cuidado), ainda podem ser plantadas dessa maneira a cebolinha, a salsa, o coentro, o agrião e até mesmo o tomatinho cereja (fica lindo mas tem que ter um suporte porque é trepadeira).